Um terço das mulheres sofre violência
doméstica no mundo, diz OMS
Quase 40% das mulheres vítimas
de homicídio foram assassinadas por seus maridos. Organização Mundial da saúde
considera o problema uma “ epidemia global de saúde
Mais de um terço de todas as mulheres do mundo são vítimas de violência física ou sexual, o que representa um problema de saúde global com proporções epidêmicas, disse um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). A grande maioria das mulheres sofre agressões e abusos de seus maridos ou namorados, e sofrem problemas de saúde comuns que incluem ossos quebrados, contusões, complicações na gravidez, depressão e outras doenças mentais, diz o relatório.
O relatório constatou que a violência contra as
mulheres é uma das causas para uma variedade de problemas de saúde agudos e
crônicos, que vão desde lesões imediatas, infecções sexualmente transmissíveis,
como HIV, à depressão e transtornos de saúde mental. Elas também são duas vezes
mais propensas a abortar um filho indesejado.
“Como trabalho nesta área, os números
não me surpreenderam”, afirmou Karen Devries, outra co-autora do estudo. “Mas
acredito que para muitos, eles serão chocantes, porque a violência doméstica
acontece no âmbito íntimo e as mulheres não se sentem à vontade de divulgar
suas experiências, então muitos não compreendem a magnitude do problema”.
“Cada país deve estabelecer suas próprias soluções para o problema,” continua
Karen. “Ainda temos que aprender o que causa a violência, mas existem exemplos
promissores em alguns países. Por exemplo, um programa na África do Sul
diminuiu a violência pela metade em dois anos”.
A OMS está emitindo orientações
para os profissionais de saúde sobre como ajudar as mulheres que sofrem
violência doméstica ou sexual. Eles salientam a importância em treinar os
profissionais de saúde para reconhecer quando as mulheres podem estar em risco
de ser agredida pelo parceiro e souber como agir.
Em
um comunicado que acompanha o relatório, a diretora-geral da OMS, Margaret
Chan, disse que a violência causa problemas de saúde com "proporções
epidêmicas", acrescentando: "os sistemas de saúde do mundo podem e
devem fazer mais pelas mulheres que sofrem violência."
Nenhum comentário:
Postar um comentário