terça-feira, 31 de maio de 2011

O drama da violência doméstica

Ninguém precisa esperar ser espancada para procurar a delegacia. A ajuda pode começar a partir daquela briga em que a agressão, mesmo no âmbito verbal, passa dos limites, podendo ser enquadrada como violência psicológica. É a partir desse ponto que se deve procurar ajuda psicológica e social numa ONG especializada ou no Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.

Unidades de apoio - Há também serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e até orientação jurídica. Outro caminho são as Defensorias Públicas e Juizados Especiais, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e em organizações de mulheres. E se achar que a própria vida ou a dos filhos e familiares está em risco, a vítima pode ter ajuda de casas-abrigo, que são moradias em local secreto em que fica afastada do agressor.

O exemplo de Maria da Penha

A farmacêutica cearense que deu nome à Lei Maria da Penha e voz a tantas mulheres sofreu uma série de violências. Um dia, acordou com um tiro nas costas que a condenou a viver numa cadeira de rodas. Maria da Penha lutou durante 19 anos e 5 meses, mas só quando faltavam seis meses para o crime prescrever é que o agressor foi julgado. Isso porque ela buscou ajuda em órgãos internacionais. Ele foi condenado, mas saiu do fórum em liberdade. Ela escreveu o livro Sobrevivi e Posso Contar, de 1994, em que relatou o processo e as histórias de agressões que ela e as filha sofreram.
O julgamento foi anulado. No segundo, em 1996, ele voltou a ser condenado e, mais uma vez, saiu em liberdade. Duas ONGs internacionais denunciaram o Brasil no Comitê Interamericano dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos. Condenado, o País foi obrigado a mudar as leis para que os autores de violência contra suas mulheres fossem punidos.

Fim do silêncio

Uma campanha para quebrar o silêncio, informando a sociedade sobre a dimensão e a gravidade do problema no Brasil. Com esse objetivo, o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem) criou a Campanha Bem Querer Mulher. A ideia é financiar projetos de prevenção e apoio à mulher vítima de violência física, sexual e moral. Em março, um leilão beneficente de obras de arte ajudou a arrecadar fundos para a causa.


Enviado por: Paula

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